data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Gabriel Haesbaert (Diário)
A partir desta quarta-feira, as aulas de cerca de 30 alunos das engenharias e áreas afins da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) serão com muita adrenalina e lama. É que o grupo de pesquisa Bombaja está em São Paulo, de hoje até 15 de março, para disputar o troféu do Baja SAE Brasil 2020, uma competição que consiste no desenvolvimento de um veículo off road.
Se o grupo ficar entre os três primeiros classificados, eles conquistam um lugar na final mundial, que acontece nos Estados Unidos. Em novembro do ano passado, o Bombaja voltou para Santa Maria com o primeiro lugar regional da etapa sul do Baja SAE 2019, que foi realizado em Caxias do Sul.
O protagonista dessa aventura é o BJ-16, o carro que começou a ser projetado há três anos pelos estudantes. Como cada carro baja só pode competir quatro vezes, essa será a última vez do "Guasca", apelido que foi dado pelo grupo.
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A competição conta com apresentação de projetos, avaliações dinâmicas e o Enduro de Resistência, a principal prova, onde os veículos devem completar voltas em uma pista de terreno irregular, com obstáculos, por quatro horas consecutivas.
- A sensação é um misto de nervosismo e responsabilidade, porque o piloto carrega o nome da UFSM, do Bombaja, para dentro da competição. Mesmo assim, é um orgulho estar pilotando um carro da UFSM - conta o estudante de Engenharia Mecânica João Paulo Ribeiro, 21 anos, que vai embarcar na pista com o BJ-16.
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Para deixar tudo perfeito, o grupo abdicou até mesmo das férias. Desde que eles voltaram da etapa regional, no ano passado, foi dentro da oficina, montada no Centro de Tecnologia, que os estudantes realizaram os últimos ajustes.
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- É um processo que começou há 15 anos. O projeto é de melhoria constante. A gente vem evoluindo no nosso carro desde o início. Apesar de ter uma corrida, é uma competição de engenharia. Esses futuros engenheiros estão saindo para o mercado de trabalho e estão alcançando vagas muito boas e desenvolvendo trabalhos ótimos - explica o professor orientador da equipe Thompson Lanzanova.
Depois de colocar cada parafuso em seu lugar, os alunos partiram para os testes, na prática, nos últimos dias antes de embarcarem para o Baja SAE Brasil. Em um gramado da universidade, eles montaram uma pista improvisada com cones e fizeram o BJ-16 andar.
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- A gente não tem a mínima noção na sala de aula do que vamos enxergar aqui. Quando chegamos aqui, é tudo novo, tem que aprender tudo do zero. Mas é muito gratificante quando o carro anda, quando o carro freia, dá um alívio - completa a aluna de Engenharia Mecânica, Carolina Gaspar, 33 anos.
Para custear tudo isso, o Bombaja conta com a ajuda, além da universidade, também com patrocinadores. As empresas que quiserem ajudar o projeto podem entrar em contato pelo Facebook (www.facebook.com/bombajaufsm).
- Isso aqui é um projeto que emociona, porque você passa aqui sábado, domingo, e os alunos estão dedicados. Os alunos que saem de projetos como esses estão contribuindo em posições muito maiores em empresas da região e no mundo a fora - comenta o diretor do Centro de Tecnologia da UFSM, Tiago Marchezan
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PROCESSO SELETIVO
Quem quiser fazer parte do grupo de pesquisa, o Bombaja está com o processo seletivo aberto. Podem participar estudantes das engenharias, comunicação, administração e áreas afins. A carga horária vale horas ACG.
Os interessados podem entrar em contato com o grupo pelas redes sociais até 15 de março.